Maria do Socorro Pinheiro,
A partida de Socorro para o céu para mim foi como uma alerta: estar atenta para amar.
Na última vez que estive aí, mesmo diante de tanto corre-corre não me passava ir à Caiçara para visitá-la. Abraçá-la! Ajudá-la. Deixei tudo e fui. Ficou vivo o seu último aceno até que eu virasse a esquina... Certamente o último até o nosso próximo encontro no céu. Aquele aceno feliz representa a paz construída entre eu e ela ao longo desses anos, mesmo a distancia através das visitas e cartinhas...
Olhando a vida de Socorro, de seu passado na cidade de Paraná, não posso deixar de alertar para algo que vejo que ainda se repete:
A FALTA DE AMOR PELAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS MENTAIS. Não só elas, mas tantos deveriam ser amados, respeitados e não abusá-los com apelidos e piadas que só irritam e tiram a paz dos que já são marginalizados pela própria incapacidade pela saúde mental frágil... Aos jovens, às crianças de Paraná - RN fica este meu um apelo hoje:
Sejam amigos (as) e tratem bem e com muito amor as pessoas com deficiências, como se fossem Jesus, as pessoas que são idosas também. Assim, acolhidas com amor elas viverão mais felizes.
Socorro no céu foi recebida e acolhida por “Aquele que veio a terra trazer um estilo de vida como o do céu: o amor”. Não mais sente as ingratidões, as piadas inoportunas, mas contempla agora só o amor... Pois “para Deus e em Deus só o que se conta é o amor”.
Maria da Conceição Pinheiro Moreira
moreira.mcp@gmail.com
Brasília, 26/12/1008